Focos de incêndio tem regredido de quantidade, no bioma. Em média, um ponto de calor foi registrado por hora nas últimas 24 horas.
Aumento na umidade relativa do ar afasta focos de incêndio de Corumbá, no Pantanal de MS
A queda na temperatura e o aumento da umidade relativa do ar afastaram os focos de incêndio e a fumaça que encobria Corumbá (MS), conhecida como a “Capital do Pantanal”. Moradores da cidade sofriam há mais de 90 dias com os impactos das queimadas (veja o vídeo acima).
- 🌡️Nesta segunda-feira (8), os termômetros marcavam 13ºC no início da manhã. A temperatura máxima não deve passar dos 15ºC ao longo do dia, segundo a previsão do tempo;
- 🌬️Já a umidade relativa do ar está entre 63% e 76% na cidade, o que pode ajudar nos combates aos incêndios, segundo meteorologistas.
O meteorologista da Climatempo Guilherme Borges explica que os fatores climáticos podem favorecer para amenizar as queimadas na região, já que a umidade muito baixa e temperatura elevadas potencializam o cenário de devastação.
“Essa virada no tempo. Com aumento da umidade, redução da temperatura favorece sim esse cenário de queda nos focos de incêndio. Mas sempre importante frisar que o solo continua muito seco”, contextualiza o especialista.
Imagens de satélites mostram a regressão dos focos de incêndio no Pantanal. Registros do satélite da National Aeronautics and Space Administration (NASA) mostram a diferença nos acumulados de pontos de calor nas últimas 24h e da semana que passou. Veja abaixo o comparativo:
Entre sábado e domingo (6 e 7), um foco de incêndio foi registrado por hora no bioma, conforme os dados do sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Já durante quinta e sexta-feira (4 e 5), o Pantanal acumulou 133 focos de calor.
Além de contribuir para diminuição, a junção de aumento da umidade, queda da temperatura e mudança nos ventos favorecem o trabalho dos brigadistas na região. No entanto, as ações de combate continuam intensas para conter os focos e fazer o monitoramento e prevenção.
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Queda na temperatura e umidade alta afastam focos de incêndio das redondezas de Corumbá. — Foto: Jaderson Moreira/TV Morena
Nesta segunda, os bombeiros e os brigadistas atuam em seis áreas pontuais no Pantanal:
- Porto Sucuri;
- Paraguai Mirim;
- Pantanal do Nabileque (próximo ao Buraco das Piranhas);
- Nhecolândia (próximo ao Rio Taquari);
- Rio Abobral;
- Porto Rabicho.
⚠️O fogo está consumindo o bioma há mais de três meses. Mais de 762 mil hectares foram destruídos, o que deixa um rastro de devastação ambiental e morte de animais. Para se ter uma dimensão, a área completamente destruída é seis vezes maior que a cidade do Rio de Janeiro.
Fogo esteve ao redor de Corumbá
Muralha de fogo dos incêndios no Pantanal contrasta com o Banho de São João
No fim do mês passado, a cidade uma verdadeira “muralha de fogo” rodeava a região. Uma imagem impressionante viralizou nas redes sociais. Em primeiro plano, as festividades do tradicional Arraial do Banho de São João, a principal festa típica do município. Ao fundo, os incêndios no Pantanal, cercando a cidade (veja vídeo acima).
Cercados pelo fogo durante vários dias, moradores de Corumbá sofriam com a fumaça que chegou a encobrir a cidade. Na última semana, a umidade relativa do ar chegou a ficar em 16% no município, o que é considerado clima de deserto.
Problemas para respirar, náusea, dor de cabeça e irritação nos olhos. Estes são os relatos de moradores que estão às margens dos incêndios que assolam o Pantanal (veja mais abaixo o vídeo).
Moradores de Corumbá (MS) enfrentam dificuldades por causa das queimadas no Pantanal
FONTE: G1 MS