Beleza natural: águas que não se misturam marcam encontro de rios no Pantanal

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Fenômeno natural ocorre devido à diferença de sedimentos e densidade das águas, segundo pesquisador da Embrapa.

O encontro entre o Rio Aquidauana e o Rio Touro Morto, em Aquidauana (MS), chama a atenção por um fenômeno natural curioso: as águas de cores diferentes fluem lado a lado sem se misturar. O contraste entre o tom barrento e o escuro forma uma divisão nítida no meio do Pantanal de Mato Grosso do Sul.

A cena curiosa e belíssima foi gravada pelo pescador Bruno Girotto durante uma expedição de pesca. Ele lembra que descia o Rio Aquidauana quando percebeu a mudança na cor da água. “Lindo demais”.

Mas por que as águas não se misturam?

Segundo especialistas, isso ocorre por causa da diferença na composição dos sedimentos e na densidade da água, o que pode manter os rios separados por vários quilômetros.

De acordo com Carlos Roberto Padovani, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a densidade da água muda com a temperatura.

“Água mais fria é mais densa e, portanto, tende a ficar por baixo”, explica.

A cor diferente das águas também tem explicação. Ela depende do tipo de sedimento presente: os inorgânicos, como argila, silte e areia, e os orgânicos, que vêm da decomposição da vegetação.

“Os sedimentos inorgânicos dão uma cor barrenta e mais clara na água. Por outro lado, os sedimentos orgânicos, dão uma com mais escura, tipo chá”, detalha o pesquisador.

Fenômeno em Manaus

O Rio Negro e o Rio Solimões também não se misturam em Manaus. São seis quilômetros que os rios andam lado a lado sem se misturar. Quando os dois se unem formam o maior rio do mundo: o Amazonas.

A velocidade, temperatura e diferenças químicas é a explicação científica para a separação entre eles.

Rios com cores distintas formam linha visível no encontro das águas; fenômeno pode durar por quilômetros. — Foto: Bruno Girtott/ Pescadores MS

Rios com cores distintas formam linha visível no encontro das águas; fenômeno pode durar por quilômetros. — Foto: Bruno Girtott/ Pescadores MS.

Fonte: G1MS.

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