Deputados da ALEMS recebem reivindicações da educação pública

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Deputados receberem documento protocolado com 90 mil assinaturas pedindo a realização de Concurso Público
Presidente da Fetems dá um viva à luta da categoria

Por solicitação do deputado e 2º secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), Pedro Kemp (PT), a manifestação externa na tribuna desta quinta-feira (23) foi a fala de Deumeires Morais, presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação (Fetems). “Agradeço ao deputado Pedro Kemp que viabilizou essa fala, que é mais um ato de uma grande campanha que iniciou no mês de abril em defesa da Educação Pública. Estamos aqui para manifestar a preocupação da Fetems e de todos os trabalhadores e trabalhadoras em educação com a qualidade do ensino nas redes estadual e municipal, e com a qualificação dos educadores que atuam nestes locais”, destacou.

“Temos duas pautas, conclamamos a revisão da tabela dos administrativos contemplando a formação de nível superior com a lei aprovada aqui, que já garante o direito para que recebam a gratificação por tal formação. É fundamental que seja implementada a tabela, traz uma garantia de qualidade de educação que está sendo ofertada, contemplando 74 mil merendeiras que se formaram no nível superior. A segunda pauta é a necessidade da realização do concurso público, porque os temporários tem sido uma prática de gestores do Brasil, não só do Mato Grosso do Sul”, continuou Deumeires Morais.

Manifestação externa aconteceu a pedido de Pedo Kemp

Ela alerta que isso é uma situação que é o contrário do que vem sendo debatido na construção do Plano Nacional de Educação (PNE). “Isso traz uma precariedade, pois convocados têm salários menores, é uma situação que vem na contramão do texto que tem sido debatido que versa sobre a valorização dos profissionais da educação, e o conceito social dos professores desse País pelo papel fundamental para a sociedade. De cada 10 professores em exercício, 6 são temporários, na rede estadual. Somem-se conosco nesta luta pelo direito aos três pilares: o salário, a carreira e a jornada e ainda contribuir par a previdência própria, construindo a educação pública que Mato Grosso do Sul merece. Viva a educação pública, viva os trabalhadores de educação!”, exaltou a presidente da Fetems.

O deputado Pedro Kemp (PT) manifestou total apoio à reivindicação. “Existe uma distorção muito grande nesse instituto de convocação de professores, porque professores convocados são para substituir os efetivos e não estarem em vagas puras. Hoje a maioria é convocado e recebe metade dos salários dos efetivos, e isso criou uma situação em que fazem o mesmo trabalho e exercem a mesma função. Queria dizer que quando aumentam o número de convocados, há um prejuízo para a previdência de nosso Estado. O professor convocado tem o direito de receber o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço [FGTS], e isso é uma situação que cria problemas para o Estado, é importante que o Executivo reflita sobre essa situação e realize concurso público, e também reconheça importância dos administrativos”, frisou o parlamentar.

O presidente da ALEMS destacou que é necessário avançar

O deputado e presidente Gerson Claro (PP) reforçou a forma como o Parlamento Estadual trata as reivindicações trazidas. “Temos pautado a reivindicações, as lutas, no respeito e no diálogo, reconhecendo a necessidade das melhorias e de conversar com o Governo. Conheço um pouco desse assunto, em que cedência não é vaga pura, reconheço o avanço que a educação teve, e para continuar avançando na educação que recebemos as reivindicações”, considerou.

O deputado Renato Câmara (MDB) é o vice-presidente da ALEMS e conduzia a Mesa Diretora no momento do discurso da presidente da Fetems. “Eu vejo que é todas as reivindicações de vocês são justas, e sou favorável a elas, contem conosco”, disse.

Gleice Jane visita as escolas e se depara com realidade ainda pior

A deputada Gleice Jane (PT) descreveu o que tem visto nas escolas quando faz visitas. “O quadro caótico retratado pela Deumeires é assustadoramente pior in loco, o número de contratado nas Escolas é muito grande e precisamos fazer o debate sobre isso. Isso implica diretamente no desenvolvimento educacional, a realização de concurso se faz com urgência, acompanhamos a pauta e a luta dos funcionários administrativos, o professor contratado e servidor estão sempre no prejuízo maior. Esse é um debate necessário, um movimento necessário para o desenvolvimento da educação e garantia de um Estado forte”, revelou.

Para Professor Rinaldo Modesto (Podemos), presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto, o número de convocados é um problema nacional. “Está acontecendo no Brasil inteiro, uma questão que precisamos resolver, a deputada Gleice Jane faz parte de um fórum de construção do PNE. Mato Grosso do Sul supera a média nacional, fui professor convocado, membros da minha família também, eu conheço professor convocado com doutorado e hipoteco de forma incondicional o nosso apoio em nome das categorias de educação”, destacou.

O deputado Zeca do PT (PT) elogiou a fala desta quinta-feira, no Plenário. “O pronunciamento oportuno e qualificado que traz a esta Casa, pedir a bancada governista que entenda o que foi falado como clamor e súplica de uma categoria, a mais lutadora que nosso Estado tem. Respeitosamente, proponho que seja criada uma comissão para tratar do assunto com o Governo”, informou.

“É vontade do Executivo fazer os avanços”, destacou Pedrossian Neto

O deputado Pedrossian Neto (PSD) revelou que as reivindicações são legítimas. “Todos nós somos imbuídos dessa luta de mobilização em mato Grosso do Sul, isso não é nenhum favor que o Governo fará, é vontade do Executivo, e nós fizemos um avanço no salário do professor efetivo, mas não podemos aceitar a precarização do vínculo do professor convocado, a proposta de Zeca de construirmos de forma coletiva é adequada”, destacou.

Fonte: ALEMS

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